amarrado à velha árvore do mundo
espero
quando tento mover-me as cordas apertam
(em insuportável dor)
corvos sussurram obscenidades
minhas chagas invadidas por formigas
o sangue que escorre é cobiçosa bebida
todos querem um pouco mais de mim
(aguardam minha carne)
durante o dia
o sol queima a pele
durante noite
o vento congela os ossos
durmo acordado
devaneio realidades
vejo o horizonte
e imagino além
vejo plantas
insetos
homens
e imagino
talvez tire algo de bom desta passagem
talvez aprenda algo de importante
que não seja apenas
estagnação
imobilidade
e a vã espera
amarrado à velha árvore do mundo
permaneço
(Eduardo Barbossa do livro "Minhas Simplicidades")
Lindo! Admirável!
ResponderExcluirVocê tem muito talento, parabéns!
ResponderExcluirVem conhecer o meu blog:
leiakarine.blogspot.com
salt likit
ResponderExcluirsalt likit
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JCL