tenho pressa senhor
da morte que não vem
o sorriso apagado do canto do lábio
e flores anônimas
sopra-me
o deserto reversivo
da alegria recolhida
a rodopiar em turbilhão de dia-a-dia
respostas vagas para perguntas não formuladas (sentidas)
e eu perdido no viver
anseio
por palavra sua
(Eduardo Barbossa, do livro "Minhas Simplicidades")
"Oh morte, tu que és tão forte,
ResponderExcluirQue matas o gato, o rato e o homem.
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva
E que a erva alimente outro homem como eu
Porque eu continuarei neste homem,
Nos meus filhos, na palavra rude
Que eu disse para alguém que não gostava
E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite..."
Me remeteu à essa música do Raul. Muito lindo o seu poema, fico muito feliz que uma pessoa inteligente como você tenha visitado e gostado do que eu escrevo. Todos os meus textos são pequenos pedaços do meu dia-a-dia, do meu humor, das pessoas que eu amo e da minha personalidade. Alguém elogiar minhas palavras tem enorme importância para mim e me faz sentir lisonjeada. Muito obrigada!